terça-feira, 13 de março de 2012

A ciência é ”um dos melhores princípios para conhecer Deus”, diz astrônomo.

Fé e ciência não estão em oposição, defende o irmão jesuíta Guy Consolmagno (foto).

EWTN News

O astrônomo do Observatório do Vaticano, o irmão jesuíta Guy Consolmagno (foto), afirma que seu estudo sobre o universo através da ciência ajudou-o a compreender melhor a pessoa de Cristo.

O Observatório do Vaticano foi fundado em 1891 pelo Papa Leão XIII, próximo da Basílica de São Pedro, mas foi transferido alguns quilômetros para fora de Roma em 1935, quando a poluição dificultou a visibilidade. O Vaticano estabeleceu uma nova divisão do observatório em Tucson,Arizona, nos EUA, em 1980, e construiu seu próprio telescópio em 1987.

Apesar de as pessoas muitas vezes terem a “louca ideia” de que ciência e religião estão em conflito, a ciência é “realmente um dos nossos melhores princípios para chegar a conhecer Deus”, disse.

O Ir. Consolmagno, que também atua como curador de meteoritos do Vaticano, falou no dia 3 de março na Living the Catholic Faith Conference da Arquidiocese de Denver.

Durante sua palestra, intitulada “O Verbo se fez carne”, o cientista planetário explicou que os ateus modernos tendem a compreender Deus meramente como uma força que “preenche as lacunas” da nossa compreensão do universo.

“Usar Deus para preencher as lacunas do nosso conhecimento é teologicamente traiçoeiro”, afirmou, porque isso minimiza Deus a apenas mais uma força dentro do universo, em vez de reconhecê-lo como a fonte da criação.

Aqueles que acreditam em Deus não devem ter medo da ciência, mas devem vê-la como uma oportunidade que Deus deu à humanidade para conhecê-lo melhor.

O Ir. Consolmagno disse acreditar em Deus “não porque ele está no fim de alguma cadeia lógica de cálculos”, mas sim porque ele “experimentou o que a física e a lógica podem me mostrar mas não explicar: beleza, razão e o amor”.

A principal diferença entre ele e o cientista ateu Stephen Hawking é que ele reconhece que Deus não é mais uma parte do universo que explica o inexplicável, mas sim logos e “a própria Razão”.

Ele falou sobre a fé necessária para abraçar o cristianismo e disse que, embora outras religiões e filosofias mundiais possam nos dar uma visão racional do universo, “só o Evangelho pode nos dizer que a própria Razão se fez carne e habitou entre nós” na pessoa de Jesus Cristo.

A Encarnação é notável porque ela ocorreu, explicou, e também devido à forma como ela ocorreu. Ao vir ao mundo como uma criança, Deus “exerceu uma espécie de contenção sobrenatural”, que, contudo, respeitou as leis da natureza.

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