TEMA GERAL:
MANDAMENTOS: “CAMINHO DE INTEGRAÇÃO DO AMOR DE DEUS COM O AMOR DO PRÓXIMO"
7º DIA - 13/07/2011:
SUB-TEMA: Em respeito às pessoas e seus bens: “não roubarás”. Ex. 20,15)
PRESIDENTE: Pe. Jesuino (Moraújo)
CONCELEBRANTE: Pe. Denilson,
SEMINARISTAS: Elmir (Taperuaba), Elder (Bela Cruz) e Adailton (Santa Quitéria)
TEXTO BASE: Ex. 20, 2-17
EVANGELHO: Lc. 19,1-8
REFLEXÃO:
Na reflexão Pe. Jesuino iniciou falando que a fé deverá ser em nós um efeito de conversão espiritual, confiar em Deus, pois aquele que cumpre os mandamentos alcança a vida eterna e citou Jo 8, 12 que nos fala: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz do mundo". Devemos ser luz começando por nós mesmo e depois pela nossa família, sermos cristãos católicos, fieis e autênticos a Palavra de Deus.
Sobre o tema do dia, citou um trecho do livro "Não roubarás" de Robert Gnuse:
"Se todos os que são ladrões - embora não estejam dispostos a admiti-lo - fossem enforcados, logo o mundo se esvaziariam e faltariam carrascos e forca... a pessoa furta não só quando rouba a caixa forte de um homem ou seu bolso, mas também quando tira vantagem sobre seu vizinho no mercado, num armazém de secos e molhados, no açougue, numa adega, na oficina; em resumo, onde quer que se realizem negócios e se permute dinheiro, em troca de mercadorias ou de serviços... Esses homens se chamam caloteiros honrados ou grandes operadores. longe de serem batedores de carteira e larápios de olho no caixa, resfetelam-se em cadeiras estofadas e se intitulam grandes e honráveis senhores, cidadãos de elite; e no entanto, roubam e furtam, com grande exibição de legalidade... Os que podem roubar e furtar andam em segurança e gozam de liberdade, sem ser importunados por ninguém, chagando a exigir que os homens os cumulem de honrarias. Enquanto isso, os pequenos larápios, que cometeram uma ofensa, devem sofrer ignomínia e punição, para que os outros pareçam respeitáveis e ilustres". (Matinho Lutero, "Sobre o sétimo mandamento" in Grandecatecismo, p. 395-396).
Sobre isso comentou: precisamos como Igreja tomar posições, reconhecer o que é nosso e o que é do outro, o que conquistamos e o que o outro conquistou, para isso se faz necessário rever nosso relacionamento com Deus e depois nosso relacionamento com a família, a Igreja e o irmão.
Para concluir falou que as leis visam proteger a vida humana, a família, as posses e a reputação. Tomadas em conjunto elas procuram proteger a integridade dos indivíduos dentro da comunidade. A ordem de não roubar deve ser entendida dentro do clichê desse imperativo de proteger a integridade humana.
REFLEXÃO DA TEMÁTICA (LIVRO DE FORMAÇÃO):
1. Que diz o sétimo mandamento?
Ele enuncia o destino, a distribuição universal e a propriedade privada dos bens, e ainda o respeito das pessoas, dos seus bens e da integridade da criação. A Igreja encontra fundada neste mandamento também a sua doutrina social, que compreende o reto agir na atividade econômica e na vida social e política, o direito e o dever do trabalho humano, a justiça e a solidariedade entre as nações, o amor aos pobres.
2. Como é que o homem se deve comportar com os animais?
O homem deve tratar os animais, criaturas de Deus, com benevolência, evitando quer o amor excessivo para com eles, quer o seu uso indiscriminado, sobretudo para experimentações científicas efetuadas para lá dos limites razoáveis e com sofrimentos inúteis para os próprios animais. ( )
3. Que proíbe o sétimo mandamento?
O sétimo mandamento, antes de mais, proíbe o furto que é a usurpação do bem alheio contra a razoável vontade do seu proprietário. É o que também sucede no pagamento de salários injustos; na especulação sobre o valor dos bens para obter vantagens com prejuízo para os outros; na falsificação de cheques ou facturas. Proíbe, além disso, cometer fraudes fiscais ou comerciais, causar um dano às propriedades privadas ou públicas. Proíbe também a usura, a corrupção, o abuso privado dos bens sociais, os trabalhos culpavelmente mal feitos e o esbanjamento.
4. Qual é o conteúdo da doutrina social da Igreja?
A doutrina social da Igreja, como desenvolvimento orgânico da verdade do Evangelho sobre a dignidade da pessoa humana e sobre a sua dimensão social, contém princípios de reflexão, formula critérios de juízo, oferece normas e orientações para a ação.
5. Quando é que a Igreja intervém em matéria social?
A Igreja emite um juízo moral em matéria econômica e social quando isto é exigido pelos direitos fundamentais da pessoa, do bem comum ou da salvação das almas.
6. Como se deve exercer a vida social e econômica?
Segundo os seus próprios métodos, no âmbito da ordem moral, ao serviço da pessoa humana na sua integridade e de toda a comunidade humana, no respeito da justiça social. Ela deve ter o homem como seu autor, centro e fim.
7. O que é que se opõe à doutrina social da Igreja?
Opõem-se à doutrina social da Igreja os sistemas econômicos e sociais que sacrificam os direitos fundamentais das pessoas ou que fazem do lucro a sua regra exclusiva ou o seu fim último. Por isso, a Igreja rejeita as ideologias associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou às formas ateias e totalitárias de «socialismo». Rejeita, além disso, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano.
8. Qual é o significado do trabalho para o homem?
O trabalho é para o homem um dever e um direito, mediante o qual ele colabora com Deus criador. Com efeito, trabalhando com empenho e competência, a pessoa põe em ação capacidades inscritas na sua natureza, exalta os dons do Criador e os talentos recebidos, sustenta-se a si e aos seus familiares, serve a comunidade humana. Além disso, com a graça de Deus, o trabalho pode ser meio de santificação e de colaboração com Cristo para a salvação dos outros.
9. A que tipo de trabalho tem direito a pessoa humana?
A todos deve ser possível obter um trabalho seguro e honesto, sem discriminações injustas, respeitando a livre iniciativa econômica e uma justa retribuição.
10. Qual a responsabilidade do Estado acerca do trabalho?
Compete ao Estado fornecer a segurança das garantias das liberdades individuais e da propriedade, para além duma moeda estável e de serviços públicos eficientes; compete-lhe ainda zelar e orientar o exercício dos direitos humanos no sector econômico. A sociedade deve ajudar os cidadãos a encontrar trabalho, conforme as circunstâncias.
11. Quais os deveres dos trabalhadores?
Devem realizar o seu trabalho, com consciência, competência e dedicação, procurando resolver, com o diálogo, eventuais controvérsias. O recurso à greve não violenta é moralmente legítimo quando se apresenta como instrumento necessário, em vista dum benefício proporcionado e tendo em conta o bem comum.
12. Como realizar a justiça e a solidariedade entre as nações?
No plano internacional, todas as nações e instituições devem atuar na solidariedade e na subsidiariedade, com vista a eliminar, ou pelo menos reduzir, a miséria, a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos, as injustiças econômicas e sociais, a exploração das pessoas, a acumulação da dívida dos países pobres, os mecanismos perversos que criam obstáculos ao progresso dos países menos desenvolvidos.
13. Em que se inspira o amor aos pobres?
O amor aos pobres inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças e no exemplo de Jesus com a sua constante atenção aos pobres. Jesus disse: «Todas as vezes que fizerdes isto a um só destes irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). O amor aos pobres manifesta-se na ação contra a pobreza material e contra as numerosas formas de pobreza cultural, moral e religiosa. As obras de misericórdia, espirituais e corporais e as numerosas instituições de beneficência que surgiram ao longo dos séculos, constituem um concreto testemunho do amor preferencial pelos pobres que caracteriza os discípulos de Jesus.
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