sexta-feira, 15 de junho de 2012

QUERO VIVER! Você me ajuda?

        
            Nosso país é composto por leis que servem para manter a ordem com o intuito de evitar a desordem. Democraticamente damos poderes a um pequeno grupo de pessoas para que nos representem e sejam a nossa voz dentro dos espaços públicos. Ultimamente, a população brasileira, “sensível à vida”, de forma mais precisa o grupo de pessoas cristãs, conservaram um grito a favor da vida. Antigamente, quando queríamos lutar pela vida, lembrávamos apenas da vida humana, hoje recordamos toda a vida do planeta que se encontra ameaçada pela ganância, pela busca exacerbada do homem pelo “ter e poder”.  São aprovados Códigos como o florestal que não preserva na totalidade, mas destrói e não conserva a natureza; acontecem encontros e mais encontros para solucionar as questões climáticas, mas não se chega a um ponto comum já que parar com a poluição é reduzir a produção, e em um mundo capitalista não se pode parar por que significa perder espaço no mercado e na economia. Em nome de um capitalismo que escraviza, o homem mata e esquece de um futuro próximo que parece não ter forças para chegar pelos atos de irresponsabilidades praticados.  Nesta luta constante, quem perde é o povo que cada vez vai ficando mais pobre e escravo de um sistema que não educa, mas maltrata e faz sofrer.
                Nosso povo brasileiro parece estar acostumado a sofrer! Triste afirmação, porém verídica. Mas, precisamos unir forças para evitarmos tantos sofrimentos. Um dos caminhos mais fáceis para se solucionar problemas é a união das forças vivas de uma Comunidade, Cidade, Estado ou País. Hoje, nós que fazemos parte de um grupo de fé e cristãos, devemos trabalhar em prol da defesa da vida e da aplicabilidade da Lei. Na Constituição da República Federativa do Brasil, no art. 5º, fala-se: “Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros (...) a inviolabilidade do direito à VIDA”. O direito a vida é garantido por Lei e não se pode violá-lo; não podemos atentar contra a vida. Contudo, o que percebemos a cada dia que se passa é o contrário. Mais e mais, encontramos dentro da própria Lei a permissão para se atentar contra a vida; encontramos grupo de pessoas que se dão o direito de legislar e decidir quem deve morrer ou viver. Em outras palavras, encontramos pessoas que legalizam em nosso país o ABORTO. Abortar é tirar o direito de viver de uma pessoa inocente, indefesa e que precisa de leis próprias para defendê-la, já que por si só é impossível.
                Dentro do nosso país, o ABORTO, segundo o artigo 128 do Código Penal Brasileiro não se pune na situação onde seja praticado pra preservar a vida da gestante ou em caso de gravidez proveniente de um estupro. Agora, dá-se outra permissão: nos casos em que se constate que a criança gerada apresente anencefalia, ou seja, que não tenha a capacidade de desenvolver completamente o cérebro e a parte superior do crânio o que dará a mesma após o nascimento apenas algumas horas de vida (12/04/2012). Por isso, os Ministros do Supremo Tribunal Federal aprovaram esta Lei, alegando que “dar a luz é dar a vida e não a morte – Carlos Ayres Britto”. Mais uma vez, o ser inocente não tem como se defender. E o aborto vai tornando-se normal. Em dados estatísticos deduziu-se que no Brasil realiza-se em media 100 mil abortos por ano, ao contrário do que prega o Ministério da Saúde que fale de números de mas de um milhão, para que seja justificada ou defendida esta prática no aborto em nosso país.  O que está acontecendo é que esta se legalizando o assassinato em nosso país, e nós estamos de braços cruzados.
                A igreja católica afirma que abortar é realizar uma falta grave e a pena ao que pratica ou favorece o aborto é a excomunhão imediata. A extensão da excomunhão vai desde ao farmacêutico que vendeu o medicamento àquela pessoa que consentiu ou incentivou, isto é, quem se envolve no aborto direta ou indiretamente está excomungada e deve buscar a Igreja tomada de arrependimento em busca do perdão de Deus. Excomungando, a Igreja não está faltando com a caridade, mas manifesta a gravidade do crime praticado, o prejuízo irreparável ao inocente morto, a seus pais e familiares. Embora a justiça legalize o aborto em caso de estupro, perigo de vida da mãe ou de má formação, quando for “provocado” a excomunhão será dada como pena pelo ato praticado. Vale-se ressaltar que o aborto espontâneo, ou seja, natural, quando não se tinha a intenção de praticá-lo não gera excomunhão, nem mesmo um simples pecado, pois não há culpa neste caso.
                Nosso povo cristão, que valoriza a vida precisa se unir em busca da solução para os problemas urgentes que afetam e acabam com o direito de viver. No ventre das mamães as crianças estão gritando: QUERO VIVER! Você me ajuda? Este é o grito de crianças em busca de socorro que constantemente estão sendo tiradas do ventre de suas mães com a permissão da justiça. As crianças que gritam por socorro, querem apenas o direito de viver, mas, no caminhar de nossa vida estamos vendo este direito ser tirado com a permissão dada a muitas mulheres de praticarem o aborto. Na lógica humana devemos cultivar e pregar que a vida humana deve ser respeitada e preservada a partir do momento da concepção. No instante inicial em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide, ali começa o processo de origem e natural da vida. Este direito à vida deve ser inviolável.
              NO Brasil já temos aprovado o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e o Estatuto da Juventude acaba de ser aprovado na Câmara dos Deputados e agora chegou a hora de o país ter o seu ESTATUTO DO NASCITURO cujo SUBSTITUTIVO ao Projeto de Lei original já foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, mas precisa ser aprovado TAMBÉM por mais duas Comissões da Câmara dos Deputados. No momento ele está tramitando na Comissão de Finanças e Tributação cujo relator é o deputado federal EDUARDO CUNHA do Rio de Janeiro. Portanto, representado pelo projeto de Lei nº478/07, o Estatuto do Nascituro é uma importante disposição legal que proteja a vida humana desde a concepção e reforça os direitos e garantias fundamentais presentes especialmente no Art. 5º da Constituição Federal. Não basta sermos contra o aborto. Precisamos nos mobilizar a favor da vida e este projeto de lei é a oportunidade que temos de demonstrar efetivamente nosso compromisso com a defesa da vida humana. Por isso, Precisamos intensificar a CAMPANHA NACIONAL DE COLETA DE ASSINATURAS PELA APROVAÇÃO DO ESTATUTO DO NASCITURO. Estaremos com a lista para colhermos as assinaturas e RG nas Igrejas, nas escolas, na secretaria da paróquia e outros lugares. Estas, serão enviadas a Brasília para o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem aborto.
Autor dos textos: Purgatório existe?/ Haverá água amanhã em Taperuaba?
Pe. Antônio Denilson de Sousa – Pároco de Taperuaba – 15/06/2012.

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