DOMINGO
DE RAMOS EM TAPERUABA
Hoje,
na Paroquia de Nossa Senhora do Carmo – Taperuaba – celebramos com júbilo o Domingo
da Paixão, mais conhecido como Domingo de Ramos. Comemoramos o ingresso
triunfal de Jesus em Jerusalém. Aqueles que reconheceram Nele o enviado por
Deus o proclamam Vencedor. Aqueles que negaram aceita-lo pensam em condena-Lo. Cada
um de nós é um povo peregrino que está na multidão para louvar, seguir ou
condenar a Jesus? Será que estamos caminhando para libertar ou impedir o
progresso do Reino de Deus?
Os
Paramentos vermelhos que vimos na Santa Missa nos falam que Cristo é o Rei do
Universo. Os ramos que carregamos proclamam que nós aceitamos este senhorio e
se guardamos durante o ano todo é sinal e lembrete de nossa fidelidade.
Queremos que Deus governe em nossa casa.
Diante
da homilia do papa Francisco por ocasião do Domingo de Ramos ele nos
interrogou: Para que entra Jesus em Jerusalém? Como entra Jesus em Jerusalém? A
multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19,
39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus?
Responde
o Santo padre:
“[...]Vejamo-Lo…
Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um
exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que possuem um sentido para ver em Jesus algo
mais; têm o sentido da fé que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade
Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a
quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia
Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa
de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objeto de
ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos
a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em
Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei
segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Vem-me à mente aquilo que
Bento XVI dizia aos Cardeais: Vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado.
Tal é o trono de Jesus. Jesus toma-o sobre Si… Porquê a Cruz? Porque Jesus toma
sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o
pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com
o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à
humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais
fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, terá de o
deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos): a mortalha não tem bolsos.
Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e
contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós - os nossos pecados
pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a
criação inteira. E na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do
amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus
realiza por todos nós sobre o trono da Cruz. Abraçada com amor, a cruz de
Cristo nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de sermos
salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no dia da sua morte.[...].”
A homilia na íntegra está no link: http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-francesco_20130324_palme_po.html
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